27/07/2015

(instant crush)

passei tanto tempo a pensar em ti que me esqueci de mim próprio. queria ver o mundo de formas diferentes e a tua pareceu ser a perfeita e esqueci-me da regra principal: eu é que o veria mesmo assim. seria ao teu lado, claro, mas seria eu a ver. esqueci-me que o eu aqui seria mais forte que o tu - porque nunca pensaste sequer na eventualidade de um nós. novamente, passei o tempo todo a pensar em ti, mesmo que ocorresse que eu existia, mas sempre foi em ti que pensei.
e no que deu? fiquei mal visto por ti; mas o pior é que fiquei mal visto por mim mesmo. não sabia já pensar em mim, que doença esta. e para quê? para ficar pior ainda, para ter que pensar novamente em tudo e pensar onde errei, pensar onde me desviei do que queria. e sabes o que percebi? que o erro não foi meu - melhor, eu errei, é certo, mas o pior erro foi teu. e sabes qual foi? desperdiçares algo que amanhã te poderás arrepender. e sabes porque o fizeste? por orgulho. ou melhor, porque nem sequer te importaste, porque pensaste que eu iria desaparecer. sabes qual é a parte engraçada? é que o mundo dá voltas e não quer que eu desapareça, seja da maneira que for.

mas há algo ainda pior que tudo isto. é que eu não vou esquecer nada. e tu também não. sabes porquê? porque, na verdade, desde que disseste o teu fraco adeus, eu percebi essa fraqueza e disse-te um até já. só falta saber se ganhas fora para esse adeus ou se ficaste a pensar no mesmo que eu, num nós.
que ironia de vida. se calhar o nosso problema é o mesmo, só que não o admites. tem piada não tem? juro-te uma coisa, eu ri-me, genuinamente, pela primeira vez, após mais de um mês. que ironia de vida!

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